Nandinho, ex-jogador e agora treinador, começou sua trajetória técnica no Sindicato de Jogadores. Ele revela que sua primeira experiência como treinador veio em 2011, através do convite de Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, para comandar a equipe da Zona Norte. Na época, havia duas zonas, Norte e Sul, cada uma com seus respectivos estágios. Em 2012, já no segundo estágio pelo Sindicato, Nandinho foi convidado a treinar a equipe de juniores do Gil Vicente, que competia na 2ª Divisão Nacional. Foi aí que ele decidiu seguir a carreira de treinador, conciliando com seus estudos na faculdade.
Nandinho reflete sobre a diferença entre ser jogador e ser treinador, destacando a maior pressão psicológica que os técnicos enfrentam. Segundo ele, como jogador, as preocupações passam mais rapidamente, enquanto que, como treinador, a derrota permanece na mente até o próximo jogo. “É mais exigente psicologicamente ser treinador do que jogador”, afirma.
Experiência no Exterior e Almería
Nandinho já passou por diversas experiências internacionais, a primeira delas na Espanha, onde treinou a equipe B do Almería. Ele relata que a experiência foi extremamente enriquecedora e que, graças aos bons resultados, foi promovido para trabalhar com a equipe principal ao lado de Mário Silva. Ele também observa que, embora o futebol espanhol seja altamente competitivo e organizado, isso não o torna superior ao futebol português. “A escola espanhola está mais desenvolvida, mas isso não quer dizer que os jogadores sejam melhores que os portugueses”, comenta.
Futebol Espanhol e Comparações com Portugal
Em relação ao mercado de jogadores espanhóis em Portugal, Nandinho acredita que, nos últimos anos, o intercâmbio de atletas entre os dois países tem se intensificado, com clubes portugueses buscando jogadores nas equipes B espanholas. Ele argumenta que os campeonatos espanhóis, mesmo os de divisões inferiores, têm um nível de exigência muito alto. Para ele, a Primera RFEF, terceira divisão da Espanha, está no mesmo nível da Segunda Liga de Portugal.
Experiência no Bahrein e Futuro
Mais recentemente, Nandinho trabalhou no Bahrein, treinando o Al-Ahli. Ele explica que a experiência no Oriente Médio foi um verdadeiro choque cultural, especialmente em relação às exigências e expectativas futebolísticas. “A realidade do Bahrein é completamente diferente da europeia, tanto em termos culturais quanto futebolísticos”, relata. No entanto, ele destaca a adaptabilidade dos treinadores portugueses, que têm sucesso no exterior graças à sua capacidade de se ajustarem rapidamente a novas culturas e métodos de trabalho.
Sobre o futuro, Nandinho diz que tem recebido várias propostas, especialmente de países como Arábia Saudita, Kuwait e Jordânia. Ele destaca a importância de escolher o próximo clube com cuidado, considerando não apenas o lado financeiro, mas também as condições esportivas para realizar um bom trabalho. “O próximo passo tem de ser o passo certo”, conclui.
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